O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou uma campanha nas redes sociais convocando a população a vestir verde e amarelo no Dia da Independência, no próximo domingo (7/9). A ação traz um vídeo protagonizado por uma camisa amarela ‘falante’, que afirma ter ficado esquecida no armário e usada apenas em jogos da Copa. “Nem acredito que eu tô livre daquela gaveta. Voltei, Brasil! Que saudade, meu povo!”, diz a peça. A mensagem pede que os brasileiros exaltem a pátria e participem do feriado vestidos com as cores nacionais.
Nos últimos anos, o verde e amarelo ficaram fortemente associados à direita, sobretudo ao bolsonarismo, que adotou os tons em protestos e manifestações desde o impeachment de Dilma Rousseff. O governo, no entanto, aposta em reconstruir a identidade nacional em torno da bandeira e da camisa da Seleção, símbolos que, segundo a campanha, devem unir todos os brasileiros.
Lula e a retomada dos símbolos nacionais
A estratégia ganhou força após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que fez Lula intensificar a defesa da soberania e aparecer com mais frequência ao lado da bandeira do Brasil. O slogan “meu partido é o Brasil”, usado por bolsonaristas, também foi incorporado em postagens governistas, numa tentativa de ressignificar o discurso patriótico.
Neste 7 de setembro, Lula marcará presença no desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O evento terá como tema central a defesa da soberania nacional, reforçando a mensagem de união em torno dos símbolos da pátria.
Direita e esquerda em disputa nas ruas
Enquanto o governo tenta mobilizar sua base para vestir verde e amarelo, movimentos de direita também organizam atos paralelos pelo país. Assim, o feriado da Independência promete ser palco de uma nova disputa simbólica, em que ambos os lados buscarão mostrar força política nas ruas e nas redes sociais.
