A estudante Carolina Arruda, de 28 anos, moradora de Bambuí (MG), convive há mais de uma década com a neuralgia do trigêmeo, doença rara conhecida como a pior dor do mundo. O distúrbio neurológico provoca dores intensas e incapacitantes no rosto, fazendo com que Carol enfrente uma rotina marcada por tratamentos e tentativas constantes de aliviar o sofrimento.
Em agosto de 2025, ela passou por uma sedação profunda como alternativa para reduzir os episódios de dor. No entanto, Carolina relatou que o procedimento não trouxe melhora significativa e, pelo contrário, acabou agravando seu quadro clínico. Diante disso, a jovem afirmou que irá priorizar o cuidado com a saúde mental, buscando equilíbrio para enfrentar os desafios diários. O caso foi destaque no programa Profissão Repórter, exibido na última quarta-feira (3), na Globo.
Doença é conhecida como a ‘pior dor do mundo’
A neuralgia do trigêmeo é caracterizada por dores comparadas a choques elétricos no rosto. Essa condição afeta o nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade facial, e pode ser desencadeada por simples ações como falar, mastigar ou até escovar os dentes.
Apesar de atingir menos de 0,3% da população mundial, a situação de Carolina é ainda mais rara, pois ela sofre com dores em ambos os lados do rosto e de forma contínua.
Jovem desiste de procedimentos experimentais
Ao longo dos anos, Carolina passou por diversos tratamentos, incluindo medicamentos, sessões de radiocirurgia, fisioterapia e até uma cirurgia de descompressão do nervo trigêmeo. Apesar de alguns resultados temporários, as dores sempre retornaram, comprometendo sua qualidade de vida.
Segundo o médico responsável, Carlos Marcelo Barros, novas intervenções invasivas foram descartadas. A prioridade, agora, é garantir conforto, preservar a funcionalidade e respeitar o desejo da paciente, que continuará utilizando as terapias já implantadas, como a bomba de fármacos e os eletrodos de controle.
