Os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no Caribe com o envio de 10 caças F-35, informou o presidente Donald Trump nesta sexta-feira (5). A medida ocorre em meio à escalada de tensões com a Venezuela, após o Pentágono acusar o governo de Nicolás Maduro de realizar manobras aéreas “provocativas” contra um navio de guerra norte-americano.
Questionado sobre acusações de Caracas de que Washington busca uma mudança de regime, Trump foi categórico: “Não estamos falando sobre isso, mas estamos falando sobre o fato de que vocês tiveram uma eleição muito estranha, para dizer o mínimo”. Apesar da negativa, o mandatário afirmou que, caso caças venezuelanos ameacem militares americanos, “eles serão sim abatidos”.
Operações contra cartéis e narcoterrorismo
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, os jatos foram enviados a Porto Rico para operações contra organizações classificadas como narcoterroristas. A mobilização se soma a sete navios de guerra e mais de 4.500 militares já posicionados na região. Trump acusa Maduro de liderar a gangue Tren de Aragua, considerada organização terrorista pelos EUA desde fevereiro — alegações negadas pelo governo venezuelano.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, reforçou a narrativa de combate às drogas e defendeu o ataque aéreo que, nesta semana, matou 11 pessoas e afundou um barco venezuelano. “O envenenamento do povo americano acabou”, declarou, ressaltando que novas ações semelhantes devem ocorrer nos próximos dias.
Pressão crescente sobre Maduro
Além da retórica dura, Trump comparou as mortes por overdose nos EUA a baixas de guerra: “Pense se você estiver em uma guerra e perder 300.000… Não vamos permitir que isso aconteça”. Para analistas, o reforço militar eleva a pressão sobre Maduro, que enfrenta acusações internacionais de vínculos com o narcotráfico, mas denuncia a movimentação americana como tentativa de intimidação.