Lula se compara a Getúlio Vargas e expõe motivo que pode tirá-lo das Eleições de 2026

Petista compara trajetória à de Getúlio Vargas, critica Bolsonaro e dispara contra a extrema direita.

PUBLICIDADE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5) que não teme enfrentar nenhum rival nas eleições presidenciais de 2026. Aos 80 anos, o petista evitou confirmar oficialmente sua candidatura, mas deixou claro que só ficaria fora da disputa em caso de problemas de saúde ou se surgir um nome mais forte dentro do partido. “Eu não escolho adversário. Sinceramente, eu já disputei tantas eleições, já disputei com tanta gente”, declarou.

Na entrevista, Lula relembrou sua longa trajetória eleitoral e fez questão de enfatizar que a preocupação deve ser dos adversários, não dele. Apesar de não citar nomes, garantiu que a “extrema direita não vai voltar a governar este país”. Em agosto, durante reunião ministerial, o presidente havia mencionado Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, como possível rival em 2026.

Candidatura em aberto, mas com confiança

Mesmo evitando o rótulo de pré-candidato, Lula admitiu que tem disposição para seguir na disputa. “Se eu estiver com o estado que eu estou hoje, com a saúde que eu estou hoje, posso te dizer que eu não tenho dúvidas de que eu serei candidato à presidência da República”, reforçou.

Além do cenário nacional, o petista ressaltou a importância de manter o Brasil com protagonismo internacional. Citou a necessidade de fortalecer relações comerciais equilibradas e reafirmou a defesa por maior integração da América Latina frente às pressões externas.

Comparações históricas e críticas a Bolsonaro

Lula também se comparou a Getúlio Vargas, ressaltando mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Sobre política internacional, comentou as tensões entre EUA e Venezuela e defendeu posição firme no conflito Israel-Palestina. Ao falar de Jair Bolsonaro, disparou: “ele não é uma figura normal”. O petista voltou a defender a regulação das redes sociais e disse enfrentar resistência do governo Donald Trump em relação às tarifas comerciais.