O homem acusado de ser o autor da execução e do esquartejamento de sua própria companheira, em um caso que veio à tona após o torso da vítima ser encontrado dentro de uma mala no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, já possui uma condenação anterior de 28 anos na Justiça por um crime com características semelhantes.
No ano de 2018, o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, foi sentenciado após as investigações concluírem que ele foi o responsável pelo homicídio de sua própria mãe. Para além do assassinato, o réu também foi condenado por ter concretado o corpo dela, em uma tentativa de ocultar os vestígios do delito e, consequentemente, dificultar a ação das autoridades na elucidação do caso.
Fuga e a identificação da vítima
Apesar da condenação, Ricardo Jardim cumpriu os primeiros anos de sua pena em regime fechado, mas conseguiu obter a progressão para um regime mais brando no decorrer do ano de 2024. Contudo, pouco tempo após ser beneficiado com a medida, o homicida empreendeu fuga, passando a ser oficialmente considerado foragido da Justiça desde então. Atualmente, o indivíduo se encontra sob prisão preventiva, sendo apontado como o principal suspeito no inquérito que apura a morte da manicure Brasília Costa, de 65 anos.
Como o corpo foi encontrado
De acordo com o que foi apurado pelas investigações policiais, o suspeito teria deixado uma mala contendo o torso da manicure no guarda-volumes da rodoviária da capital gaúcha no dia 20 de agosto. Posteriormente, após um período de 13 dias, funcionários do terminal acionaram as autoridades em razão do forte odor que exalava da bagagem. Foi somente nesse momento que a parte do corpo da vítima foi oficialmente localizada.
Além disso, em uma data anterior, mais especificamente no dia 13 de agosto, outras partes do corpo de Brasília Costa já haviam sido encontradas. Naquela ocasião, os restos mortais estavam dispostos em sacolas de lixo espalhadas pela zona leste de Porto Alegre. Em seguida, exames periciais foram realizados e constataram que todos os fragmentos pertenciam à mesma pessoa, consolidando a linha de investigação que culminou na identificação do principal suspeito.
