O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (10) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados pela tentativa de golpe de Estado. O processo chegou ao quarto dia e a expectativa se voltou ao voto do ministro Luiz Fux, que vinha sinalizando discordâncias em relação ao relator, Alexandre de Moraes. Até agora, Moraes já votou pela condenação e foi acompanhado por Flávio Dino, abrindo vantagem de 2 a 0.
O andamento da votação mantém os olhares voltados para a posição dos ministros que ainda não se manifestaram. Além de Fux, faltam os votos da ministra Cármen Lúcia e do presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. Um terceiro voto favorável à condenação já seria suficiente para formar maioria no julgamento, ficando a definição da pena para uma etapa posterior.
O relator, Alexandre de Moraes, defendeu a condenação dos réus por entender que houve uma tentativa coordenada de abalar as instituições democráticas. Flávio Dino reforçou esse entendimento e, ao votar, afirmou que a gravidade dos atos não pode ser relativizada. Com esse placar, cresce a pressão sobre os ministros restantes, especialmente diante da repercussão política do caso.
Pedido de Fux é atendido por Zanin
A sessão desta quarta-feira foi marcada por momentos de pausa. Às 11h55, o ministro Luiz Fux pediu uma pausa, levando Cristiano Zanin, presidente da Turma, a suspender os trabalhos por dez minutos. A decisão interrompeu o ritmo intenso da leitura dos votos, que deve continuar ainda nesta semana.
Cronograma do julgamento
O julgamento foi retomado, mas por volta das 13h parou por hora. O julgamento foi retomado para a conclusão do voto de Luiz Fux. De acordo com o cronograma, o julgamento seguirá nesta quinta-feira (11) e também na sexta-feira (12), sempre em dois turnos, das 9h às 12h e das 14h às 19h. A expectativa é que a sentença final seja anunciada até o encerramento das sessões de sexta, definindo o futuro político e jurídico dos acusados.
