Após votar pela absolvição de Bolsonaro, pedido de impeachment de Luiz Fux vem à tona

Pedido está na advocacia do Senado, casa legislativa por onde tramitam processos de impeachment contra ministros do STF.

PUBLICIDADE

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo recente de atenção após seu voto no julgamento da chamada trama golpista, em que absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus do processo, tem um pedido de impeachment em aberto no Senado. O requerimento foi protocolado em 2022 por um advogado e, até hoje, segue sem movimentação significativa.

Diferente das ações contra Alexandre de Moraes, por exemplo, esse pedido não está relacionado a julgamentos políticos. O autor utilizou diálogos revelados na chamada “Vaza Jato” para sustentar a acusação contra Fux e também contra Luís Roberto Barroso, seu sucessor na presidência do STF.

Denúncia contra Luiz Fux

A denúncia se apoia em supostos encontros do ministro com representantes do mercado financeiro. O advogado alegou que o magistrado deveria ter se declarado suspeito em processos envolvendo bancos. “Fui pesquisar umas situações diferentes ocorridas no meu processo e, após análise na rede mundial de computadores, descobri, conforme abaixo relatado, a possibilidade real de haver amizade do Ministro Presidente com os CEOs do mercado financeiro”, afirma o documento, conforme divulgado pelo colunista Igor Gadelha.

Ele ainda acrescenta que a menção a uma “reunião secreta e confidencial” entre Fux e um executivo do Itaú Unibanco colocaria em dúvida a imparcialidade do ministro. “Esse e outros pontos não são rechaçados e há inércia do Ministro Luiz Fux sobre o tema”, diz o pedido protocolado.

Ação contra Luiz Fux está na Advocacia do Senado

Atualmente, a ação está parada na Advocacia do Senado, que precisa emitir parecer para dar prosseguimento ao caso. Fux permanecerá no Supremo até abril de 2028, quando completará a idade para aposentadoria compulsória.