Voto de Cármen Lúcia contra Bolsonaro gera reação inesperada em Flávio: ‘Querem matar…’

O senador Flávio Bolsonaro acabou fazendo um duro desabafo após o STF formar maioria contra seu pai em condenação.

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a criticar duramente o Supremo Tribunal Federal (STF) após a Corte formar maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.

Em publicação nas redes sociais, o filho mais velho do ex-presidente acusou os ministros de agirem de forma parcial e perseguidora. Segundo o político, a atuação do Supremo teria extrapolado os limites institucionais contra o seu pai.

Flávio Bolsonaro desabafa após condenação do pai

“Alexandre de Moraes acaba de provar que transformou o STF num grande teatro e usou a caneta para se vingar de Jair Bolsonaro. Suprema Perseguição. Querem matar Bolsonaro”, escreveu Flávio Bolsonaro no X (antigo Twitter).

A reação ocorreu após o voto da ministra Cármen Lúcia, que consolidou a maioria pela condenação de Bolsonaro e dos demais acusados. Ela acompanhou os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, reforçando a tese de que houve uma articulação golpista após as eleições de 2022.

Até o momento, apenas o ministro Luiz Fux divergiu do entendimento da corte e votou ao contrário dos colegas. O julgamento ainda aguarda a manifestação final do presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.

STF decidirá quanto tempo será as penas dos condenados

Com a maioria já estabelecida contra Bolsonaro, o Supremo passará agora à fase de definição das penas. Nessa etapa, mesmo ministros que votaram pela absolvição podem se manifestar sobre a dosimetria, o que pode impactar diretamente no tempo de prisão a ser estipulado.

A expectativa é que sejam fixadas penas intermediárias — nem tão severas quanto as defendidas por Moraes, nem tão brandas quanto as sugeridas por Fux. A praxe do STF é não determinar prisão imediata em casos como esse, permitindo que os réus recorram em liberdade até o trânsito em julgado, quando não cabem mais recursos.