O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (11) estar surpreso com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão da Primeira Turma, que envolveu outros sete réus, foi concluída nesta quinta-feira, mas a sentença oficial só deve ser divulgada nesta sexta-feira (12).
Trump comentou a condenação ao deixar a Casa Branca para viajar a Nova York, onde participará de um jogo de beisebol. O presidente norte-americano comparou o caso de Bolsonaro aos próprios processos judiciais que enfrentou, sem, contudo, confirmar se haverá novas sanções econômicas ao Brasil em decorrência da decisão.
Promessas de retaliação e tensão diplomática
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, publicou em suas redes sociais que os americanos “responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”. Em julho, Trump aplicou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegando práticas comerciais desleais e pressionando a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em meio à crise envolvendo Bolsonaro.
Na terça-feira (9), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os EUA estão dispostos a “usar meios militares” para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, em referência ao julgamento do ex-presidente. O Itamaraty, por sua vez, criticou o uso de sanções econômicas ou ameaças contra a democracia brasileira, reforçando a tensão diplomática entre os dois países.
Impacto internacional e repercussões futuras
A condenação de Bolsonaro já provoca repercussões internacionais, elevando o debate sobre o papel dos EUA em decisões políticas externas. A expectativa é que as relações bilaterais e comerciais entre Brasil e Estados Unidos possam sofrer novos impactos nos próximos dias, à medida que a decisão do STF se concretiza e a diplomacia brasileira reage formalmente.