O Corinthians divulgou nesta quinta-feira (11) um balancete preocupante: déficit de R$ 60,227 milhões no primeiro semestre de 2025, bem distante do superávit de R$ 2,349 milhões previsto pela gestão de Augusto Melo. A dívida total do clube passou de R$ 2,5 bilhões, em 2024, para R$ 2,6 bilhões, incluindo R$ 675,2 milhões referentes à Neo Química Arena.
Apesar de algumas receitas líquidas quase baterem a previsão de R$ 381,284 milhões, as despesas explodiram: foram R$ 424,872 milhões, incluindo R$ 298,615 milhões com pessoal, muito acima dos R$ 219,195 milhões orçados.
Vendas de atletas e frustração financeira
O saldo líquido de negociações de jogadores superou a expectativa: R$ 73,659 milhões, acima dos R$ 66,427 milhões projetados. Ainda assim, o clube perdeu receitas importantes, como na venda do atacante Pedro ao Al-Ittihad, já que os 30% de direitos econômicos pertencentes ao Corinthians foram repassados ao Zenit para quitar dívida com a Elenko Sports.
O endividamento impacta diretamente no futebol: o Corinthians enfrenta transfer ban da Fifa devido à dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna pelo zagueiro Félix Torres. Com juros, o valor alcançou cerca de R$ 40 milhões. O presidente Osmar Stábile busca soluções, incluindo a renegociação do naming rights da Neo Química Arena, cujo contrato atual com a Hypera Pharma pode ser revisto por um valor até três vezes maior.
Negociações e perspectivas
O clube negocia com quatro empresas interessadas, incluindo a Hypera Pharma e uma casa de apostas. A multa para rescisão do contrato caiu para R$ 50 milhões após cinco anos de parceria. Stábile aposta nesse movimento para aliviar o caixa e reduzir os impactos da crise financeira que assola o Corinthians.
