Depois de quase 500 dias detida, Francisca Alves da Silva, que é cunhada de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi solta. A Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Ceará decidiu pela libertação dela e de quatro outros acusados. Eles estavam presos preventivamente há mais de um ano, respondendo a acusações de lavagem de dinheiro para o grupo criminoso.
Em abril de 2024, durante a Operação Primma Migratio, Francisca foi presa sob suspeita de integrar um esquema financeiro complexo que movimentava e ocultava lucros de atividades ilícitas do PCC. Ela é casada com Alejandro Juvenal Herbas Camacho Junior, conhecido como Marcolinha, irmão e também um dos líderes da facção criminosa.
PF rastreou crimes com escutas e dados
As investigações da Polícia Federal, conduzidas em colaboração com as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs) de São Paulo e Santa Catarina, empregaram diversas táticas, como a escuta de telefones, a análise de transações financeiras e a coleta de dados de aparelhos eletrônicos.
Os investigadores apontam que Francisca desempenhava uma função crucial no esquema de lavagem de dinheiro, gerenciando operações com empresas de fachada e realizando movimentações bancárias suspeitas para ocultar a origem ilícita dos fundos.
Quatro suspeitos foram soltos também
Além de Francisca, outros quatro suspeitos — Ricardo Andrade Ferreira, Edglei da Silva Lima, Henrique Abraão Gonçalves da Silva e Menesclau de Araújo Souza Júnior — também foram soltos. Eles haviam sido presos em abril de 2024, juntamente com Francisca, em uma operação contra a suposta estrutura financeira do PCC.
As autoridades afirmam que essa rede criminosa operava em vários estados, usando laranjas, contas em bancos variados e empresas fantasmas para movimentar grandes somas de dinheiro obtido através de atividades como tráfico de drogas e extorsão. O grupo teria operado por anos antes de ser desmantelado pela Polícia Federal.
