Bolsonaro passa por cirurgia de remoção de lesões em hospital de Brasília com autorização do STF

Ex-presidente foi escoltado pela PF e deve apresentar atestado médico ao STF.

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No domingo de manhã (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado a um hospital em Brasília para uma cirurgia de remoção de lesões na pele. A ida foi aprovada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A cirurgia, realizada pelo Dr. Claudio Birolini, tinha o objetivo de remover uma pinta benigna no tronco e outra lesão. A expectativa é que Bolsonaro recebesse alta no mesmo dia. Como está em prisão domiciliar, ele foi escoltado pela Polícia Federal e chegou ao hospital acompanhado dos filhos, os vereadores Carlos e Renan Bolsonaro. A defesa dele tem até 48 horas para apresentar um atestado médico ao STF.

Condenação de Bolsonaro

Este procedimento cirúrgico ocorreu poucos dias após Bolsonaro ser condenado a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por tentativa de golpe de Estado. A decisão, proferida pela Primeira Turma do STF em 11 de setembro, teve placar de 4 a 1. O ministro Luiz Fux foi o único a votar contra a condenação, argumentando que o Supremo não seria a instância competente para julgar o caso.

Além da tentativa de golpe, Bolsonaro foi responsabilizado por organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, no contexto dos atos antidemocráticos pós-eleições de 2022.

Argumentos do ministro do STF

De acordo com o relator Alexandre de Moraes, a trama envolveu reuniões, transmissões ao vivo e planos para impedir a posse de Lula, com base em provas como delações e documentos. Outros sete aliados, incluindo os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, receberam penas de até 26 anos.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto por descumprimento de medidas judiciais. Sua defesa ainda pode recorrer, mas a execução da pena é prevista para novembro ou dezembro, o que o tornará inelegível até 2060.