O promotor Jeff Gray, do condado de Utah, apresentou nesta terça-feira (16) denúncia formal contra Tyler Robinson, de 22 anos, acusado de assassinar o comentarista e ativista conservador Charlie Kirk. Entre os crimes listados estão homicídio qualificado, disparo de arma de fogo, obstrução da justiça e intimidação de testemunhas.
Em coletiva de imprensa, Gray anunciou que vai buscar a pena capital. “Não tomo essa decisão de forma leviana, e é uma decisão que tomei de forma independente como promotor, baseada apenas nas evidências disponíveis e na natureza do crime”, afirmou. Kirk foi baleado e morto em 10 de setembro, durante um evento político na Utah Valley University. O suspeito foi preso dois dias depois, após denúncia da própria família, e permanece detido sem direito a fiança.
Caso gera reação política nos EUA e além
A polícia de Utah confirmou que amostras de DNA colhidas na cena do crime coincidem com as de Robinson. O episódio provocou forte comoção no país, recebendo condenação tanto de republicanos quanto de democratas. Aliados de Donald Trump, no entanto, atribuíram a responsabilidade a supostos “radicais de esquerda”, sem apresentar provas. O presidente, o vice JD Vance e o assessor Stephen Miller prometeram medidas contra grupos ligados a esse espectro político.
No Brasil, o caso também repercutiu. Parlamentares da direita saíram em defesa de Kirk e criticaram manifestações que celebraram sua morte nas redes sociais. Campanhas online exigem a demissão de pessoas que teriam feito publicações ofensivas.
Motivação segue em aberto
Até o momento, a motivação para o ataque ainda não foi esclarecida. A acusação formal e o pedido de pena de morte tornam o caso um dos mais polêmicos julgamentos recentes nos Estados Unidos, reacendendo debates sobre violência política e radicalização ideológica.