Ex-delegado-geral morto em Praia Grande usava carro da esposa enquanto o dele era blindado em oficina

Ruy Ferraz Fontes morreu ao ser alvo de criminosos armados com fuzis em Praia Grande.

PUBLICIDADE

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi morto em Praia Grande na última segunda-feira (15) enquanto usava o carro da esposa, que não possuía blindagem. Seu automóvel particular estava na oficina para receber o reforço balístico, segundo informações divulgadas.

A blindagem de veículos é um procedimento autorizado pelo Exército e pode levar até dois meses para ser concluído. Durante esse processo, o carro é desmontado e recebe estruturas resistentes a disparos, incluindo vidros especiais.

Ex-delegado-geral de SP não solicitou escolta policial

Apesar de ter acesso ao benefício de escolta, disponível a ex-delegados-gerais mediante solicitação, Fontes não havia feito o pedido à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que ele não relatava preocupações com sua segurança pessoal.

Em entrevista, o prefeito Alberto Mourão destacou que Fontes andava armado e possuía um carro blindado em São Paulo. Contudo, no dia do ataque, utilizava o veículo que estava sem proteção, o que aumentou sua vulnerabilidade diante dos criminosos, que armaram tocaia na saída da sede da prefeitura de Praia Grande e o perseguiram pelas ruas da cidade.

Vida de combate ao crime organizado em São Paulo

Ruy Ferraz Fontes dedicou mais de 40 anos ao combate ao crime organizado e foi peça central nas investigações contra o PCC. Sua morte reacendeu o debate sobre a proteção de autoridades aposentadas e a exposição de riscos em situações de rotina.