Em sua primeira aparição pública desde o atropelamento que resultou na amputação de sua perna, o corredor Emerson Pinheiro, de 29 anos, falou com a imprensa em Salvador. Durante a coletiva, realizada no dia em que o motorista, Cleydson Cardoso Costa Filho, obteve liberdade provisória, Emerson, que estava em uma cadeira de rodas, concentrou-se em sua jornada de recuperação e em seus objetivos como atleta.
Ele mencionou seu foco nos estudos de Educação Física e na sua preparação para as Paralimpíadas, optando por não fazer comentários sobre o motorista. “Manter a fé sempre. Desistir, jamais”, declarou.
Apesar da soltura, a Justiça tornou o motorista réu pelo crime de tentativa de homicídio, aceitando a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Cleydson Cardoso foi preso no dia do acidente com sinais de embriaguez. A denúncia do MP-BA afirma que ele dirigia de forma perigosa e em alta velocidade.
O órgão considerou que o motorista assumiu o risco de ferir outras pessoas, e que as circunstâncias do atropelamento dificultaram a defesa da vítima. Cleydson é filho da vereadora Débora Santana. Ele foi exonerado de um cargo na Assembleia Legislativa da Bahia após o acidente.
Advogado comenta decisão
O advogado de Emerson, Rogério Matos, expressou sua decepção com a libertação de Cleydson. Apesar disso, ele considerou um avanço positivo o fato de Cleydson ter se tornado réu pelo crime de tentativa de homicídio.
Emerson agradece apoio
Durante a coletiva, Emerson também agradeceu o apoio recebido de familiares, amigos e da comunidade esportiva, destacando que a motivação dessas pessoas tem sido fundamental em sua rotina de fisioterapia e treinamentos.
