No sábado, 20 de setembro, Rafael Marcell Dias Simões, de 42 anos, conhecido como Jaguar, se entregou à polícia em São Vicente. Acompanhado de seu advogado, ele foi detido sob a acusação de ser a sexta pessoa envolvida na morte do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, assassinado na última segunda-feira, 15 de setembro, em Praia Grande.
Sua prisão havia sido ordenada pela Justiça na sexta-feira, 19 de setembro. Após se apresentar, Simões foi levado para o IML de Santos para exames e, depois, seguiria para uma audiência de custódia. O advogado do suspeito, Adonirã Correia Santos de Souza, afirmou que ainda não viu a íntegra do inquérito e defende que seu cliente é inocente.
Saiba mais sobre os suspeitos
Três indivíduos foram presos até o momento. Além de Jaguar, também estão detidos Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, e Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão, de 38 anos. Outros três suspeitos continuam foragidos: Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
Quem era Ruy Ferraz Fontes e por que foi alvo de criminosos?
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, de 66 anos, com uma trajetória de mais de 40 anos na Polícia Civil, foi assassinado em uma emboscada na noite de segunda-feira (15), logo após sair do seu trabalho como Secretário de Administração de Praia Grande, cargo que assumiu em 2023.
Ao longo de sua carreira, Fontes ficou amplamente conhecido por sua atuação no combate ao crime organizado. Ele conduziu investigações precursoras contra o PCC e teve um papel de destaque nos ataques de maio de 2006, quando liderou a transferência de membros importantes da facção para presídios federais, uma estratégia que ajudou a debilitar a organização criminosa no estado. Além disso, Ruy Fontes foi o delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022.