O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (22) que o Brasil continuará com a suspensão da aquisição de equipamentos de Defesa de Israel. Além disso, afirmou que o governo vai reforçar o controle de importações para impedir a entrada de produtos vindos de áreas consideradas assentamentos ilegais.
A fala do mandatário do Brasil ocorreu na Conferência de Alto Nível sobre a Palestina, organizada pela França, onde diversas nações declararam oficialmente o reconhecimento do Estado Palestino, algo que o Brasil já havia realizado no ano de 2010.
Lula fala em genocídio e cutuca Israel
Durante o evento, Lula foi direto ao classificar a situação em Gaza. “Não há palavra apropriada para descrever o que acontece em Gaza que não genocídio”, afirmou o presidente. Ele ainda reforçou que “tanto Israel quanto a Palestina têm o direito de existir”, destacando a necessidade de uma solução que contemple os dois povos.
As declarações, em um dos momentos mais delicados da diplomacia internacional, reacendem tensões entre Brasília e Tel Aviv. A decisão brasileira de endurecer restrições comerciais envia um recado direto e claro ao governo de Benjamin Netanyahu.
Brasil endurece postura contra assentamentos ilegais
Com essa posição, o Brasil se alinha ao crescente movimento internacional que pressiona Israel sobre os territórios ocupados no Oriente Médio. O anúncio de Lula aumenta a expectativa sobre possíveis retaliações diplomáticas, enquanto consolida a imagem do país como defensor ativo da causa palestina.
