Avião explode após queda em fazenda cenário da novela Pantanal; vítimas faleceram na hora

Vítimas incluem Kongjian Yu e dois cineastas; monomotor Cessna 175 operava apenas de dia, segundo registros da ANAC.

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Um avião de pequeno porte caiu no fim da tarde de terça-feira (23/9) em área rural de Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Segundo o UOL, os quatro ocupantes faleceram no local. As causas ainda não foram identificadas, e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para apurar o que ocorreu. Equipes locais informaram que o acesso ao ponto da queda é difícil, o que retardou os trabalhos iniciais de resgate e isolamento da área.

Entre as vítimas estão o arquiteto chinês Kongjian Yu, o cineasta brasileiro Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, o documentarista Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Pereira de Barros. As identificações foram divulgadas pela TV Globo. Kongjian é reconhecido pelo conceito de “cidades-esponja”, que propõe integrar as construções à drenagem de águas pluviais para reduzir alagamentos e armazenar água para estiagens. Ele esteve no Brasil no início de setembro, quando palestrou em Brasília durante a Conferência Internacional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo.

Fazenda Barra Mansa, cenário da novela Pantanal

De acordo com o Metrópoles, a queda ocorreu na Fazenda Barra Mansa, em Aquidauana, local que serviu de cenário para a novela Pantanal, da TV Globo, na versão original de 1990 e no remake exibido em 2022. A propriedade, fundada em 1940 pela família Rondon, está situada em área de alta biodiversidade do bioma. O site informou ainda que a aeronave seria um modelo Cessna e “teria explodido” após o impacto, e que equipes do Corpo de Bombeiros foram deslocadas, enfrentando obstáculos de acesso na região.

O avião era um monomotor Cessna 175 fabricado em 1958 e adquirido em 2015 pelo piloto Marcelo Pereira de Barros. Com capacidade para quatro pessoas, a aeronave estava registrada para serviços aéreos privados junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), sem autorização para táxi aéreo, e restrita a operações diurnas. Ainda segundo o registro consultado pelo UOL, a situação de aeronavegabilidade era normal, com documentação válida até dezembro deste ano.

Cenipa analisa destroços e apura origem e destino do voo

As autoridades não confirmaram a rota: até o momento, não há informação oficial sobre o aeroporto de partida nem o destino planejado. O Cenipa enviou equipes para realizar a perícia no local, coletar dados de manutenção, histórico de voo e eventuais registros de comunicação, além de analisar fatores operacionais e ambientais. A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul abriu procedimento para apurar as circunstâncias, enquanto os peritos aguardam condições adequadas para o trabalho em campo e a remoção segura dos destroços.