Associação LGBTQIAPN+ pede volta de Nardoni e Jatobá ao regime fechado e questiona padrão de vida

Entidade exige reanálise da liberdade do casal e aponta suspeita sobre renda e luxo.

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A Associação do Orgulho LGBTQIAPN+ entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), buscando a reanálise da situação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. A entidade exige que o casal, condenado pelo homicídio de Isabella Nardoni em 2008, perca o regime aberto recentemente concedido e seja imediatamente transferido de volta para o regime fechado.

Nardoni e Jatobá foram sentenciados a mais de 26 anos de prisão por terem atirado a menina, que na época tinha apenas 5 anos, do sexto andar de um prédio em São Paulo — um crime que causou grande comoção nacional. Após cumprirem parte de suas sentenças, os dois obtiveram progressão para o regime aberto, permitindo que vivam em liberdade com certas restrições.

Acusações vão além da liberdade: desconfiança sobre estilo de vida

A associação, por meio de seu presidente Agripino Magalhães, iniciou uma ação legal levantando suspeitas sobre o padrão de vida do casal. O documento argumenta que as condições de moradia e financeiras do casal são incompatíveis com suas declarações de renda e com a situação de pessoas que foram condenadas criminalmente.

Magalhães alega que o modo como Alexandre e Anna Carolina têm se comportado após serem libertos está causando preocupação entre os vizinhos de um condomínio de luxo na zona norte de São Paulo, local onde o casal estaria vivendo.

De acordo com o processo, eles residem atualmente em uma propriedade cujo valor é superior a R$ 3 milhões. A ação destaca que, apesar de não terem fonte de renda formal ou emprego declarado, o casal sustenta um alto padrão de vida, o que gerou questionamentos sobre a procedência de seus recursos.

O texto da ação judicial é enfático ao afirmar: “Note‑se que se desconhece a origem do dinheiro que banca o apartamento, o condomínio, o imposto e o padrão social elevado do preso”.

Alegação de renda forjada

O processo judicial também alega que Alexandre Nardoni estaria apenas simulando um emprego na construtora de seu pai. De acordo com a associação, essa seria uma manobra para tentar legitimar uma fonte de renda que, na verdade, não está formalmente comprovada.