A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) enviou, nesta quinta-feira (25), esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a respeito de falhas encontradas nos relatórios de vistoria de veículos que circularam na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar desde agosto.
As inconsistências ocorreram em 12 de setembro, um dia após a condenação de Bolsonaro por liderar tentativa de golpe de Estado. Em duas ocasiões, os policiais penais registraram entradas e saídas de carros sem identificar quem estava dentro dos veículos, o que levantou dúvidas e levou Moraes a cobrar respostas formais.
Secretaria admite falha, mas minimiza impacto
Em nota, a secretaria alegou que a omissão de nomes não comprometeu a finalidade das vistorias. Segundo o órgão, os veículos em questão eram ocupados por membros da equipe de segurança do ex-presidente, devidamente reconhecidos pelas imagens anexadas ao sistema de monitoramento.
Os policiais penais responsáveis afirmaram que identificaram visualmente os seguranças que estavam nos carros, mesmo sem o registro nominal no relatório oficial. A pasta reforçou que não houve qualquer brecha no controle da prisão domiciliar.
Moraes cobra rigor no monitoramento
Apesar das explicações, o episódio acendeu o alerta no STF sobre a fiscalização em torno de Bolsonaro. Moraes já havia sinalizado que não toleraria falhas no cumprimento das medidas impostas ao ex-presidente, reforçando a cobrança por relatórios detalhados e transparentes.
