Uma criança de 3 anos sofreu agressões em Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana do Rio, e segue internada após apresentar traumatismo craniano e hematomas no rosto. O principal suspeito é o padrasto, Linneker Steven Siqueira Ramos Silva, 33, filho do secretário de Esportes do município. A Polícia Civil concluiu o inquérito e a Justiça expediu mandado de prisão preventiva. Linneker está foragido e é procurado por agentes da 159ª DP (Cachoeiras de Macacu).
A menina foi levada primeiro à UPA da cidade e, diante da gravidade, transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, onde permanece no CTI Pediátrico. Profissionais desconfiaram da versão inicial da mãe, que alegava queda da cama. Após ser questionada, ela admitiu as agressões atribuídas ao companheiro. A mulher também é investigada pela Polícia Civil. Atualmente, a criança está sob os cuidados da avó materna, conforme determinação das autoridades.
Indiciamento por tortura e buscas no RJ
A investigação apontou provas suficientes para o indiciamento de Linneker pelos crimes de tortura e tentativa de feminicídio. O Disque Denúncia divulgou cartaz com a foto do suspeito e pede informações nos números (21) 2253-1177, 0300 253 1177 e no WhatsApp do serviço, garantindo anonimato. A polícia realizou diligências em endereços ligados a ele, mas o acusado não se apresentou para depor e continua sendo procurado.
Registros que circulam nas redes sociais mostram a criança relatando que o agressor foi o padrasto. Em agosto, a avó publicou uma foto da menina presenteando Linneker com um copo do Flamengo com a legenda: “Presente para o nosso paidrasto”, em uma cena que contrasta com a violência revelada dias depois. O pai do suspeito, secretário de Esportes do município, se manifestou nas redes sociais dizendo repudiar qualquer forma de violência e ressaltando seu trabalho com crianças e adolescentes.
Reação das autoridades e continuidade das buscas
O secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, afirmou em rede social: “Vamos prender o marginal”. A corporação destacou que a prisão preventiva foi decretada após o envio do inquérito à Justiça. O Disque Denúncia reforçou que todas as informações recebidas são tratadas de forma sigilosa. O caso segue em andamento na 159ª DP, que centraliza novas provas e depoimentos. Enquanto isso, o suspeito permanece foragido, e as buscas seguem ativas para efetivar a prisão.
