O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem descartado a possibilidade de se candidatar à Presidência da República em 2026, conforme revelado em diálogos privados. Fontes próximas a ele afirmam que Tarcísio está determinado a não entrar na disputa, citando como principal motivo a atual fragmentação que ele observa dentro da direita. De acordo com o G1, ele considera que as ações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), especialmente sua participação na articulação do aumento de tarifas (tarifaço) pelos Estados Unidos contra o Brasil, foram um fator que acentuou a divisão no espectro conservador.
Na perspectiva de Tarcísio de Freitas, essa conduta – em conjunto com a intervenção direta junto ao governo de Donald Trump – teve o efeito paradoxal de dar um impulso ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula, até junho, vinha lidando com um período de perda de popularidade e desgaste político.
Qual o objetivo de Tarcisio?
O planejamento político de Tarcísio de Freitas está totalmente concentrado na busca pela reeleição para o governo de São Paulo em 2026. Apesar da já notável divisão na direita, o atual governador considera outros elementos importantes para essa escolha. Um dos fatores é a aversão a ficar dependente do suporte da família Bolsonaro para qualquer aspiração ao nível federal.
Para entrar na corrida presidencial, a legislação eleitoral o obrigaria a renunciar ao cargo de governador até abril de 2026. Adicionalmente, fontes próximas indicam que Tarcísio prioriza a estabilidade e a segurança familiar, optando por não submeter seus familiares à incerteza de um futuro político nacional.
Bolsonaro apoia Tarcísio
O ex-presidente Jair Bolsonaro endossou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para ser o candidato à presidência com o apoio dele. Este entendimento teria sido selado em conjunto com a liderança dos partidos PP e União Brasil, conforme noticiado por Andreza Matais e André Shalders, do Metrópoles. Anteriormente a isso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) havia expressado publicamente, na terça-feira (23), sua intenção de concorrer à Presidência da República em 2026, mas somente se seu pai, Jair Bolsonaro (PL), estivesse impedido de participar do pleito.
