O que é histiocitose, doença que acometeu o filho de Safadão; dor de cabeça é um dos sintomas

Adolescente de 14 anos retirou lesão no osso parietal; biópsia definirá necessidade de quimioterapia.

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O cantor Wesley Safadão e a influenciadora Mileide Mihaile comunicaram que o filho, Yhudy, 14, passou por cirurgia de emergência para retirar um tumor ósseo no crânio. A intervenção ocorreu após o adolescente relatar dores de cabeça persistentes, e a lesão foi identificada no osso parietal.

Em nota divulgada nas redes sociais, o artista informou a evolução clínica do adolescente: “Yhudy recebeu alta hospitalar na última segunda-feira (22) e já se encontra em casa, recebendo os cuidados necessários”. O caso foi diagnosticado como granuloma eosinofílico, manifestação associada à histiocitose de células de Langerhans.

Segundo os familiares, o procedimento foi realizado na sexta-feira (19) e o anúncio público ocorreu na quarta-feira (24). Após a remoção do tumor, foi colhida biópsia para confirmar o tipo de lesão e orientar a conduta, inclusive avaliar se haverá indicação de quimioterapia. De acordo com referências médicas, a histiocitose de células de Langerhans é uma condição rara caracterizada pela produção excessiva de certos glóbulos brancos, que podem se aglomerar e formar tumores em diferentes partes do corpo.

O que é histiocitose de células de Langerhans

O granuloma eosinofílico é considerado a forma mais branda da histiocitose de células de Langerhans e aparece com frequência em ossos de crianças e adolescentes. Conforme especialistas, as áreas acometidas comumente incluem o crânio, a pelve, o fêmur, as costelas, o úmero, a mandíbula e a coluna. Embora mais incidente em meninos mais jovens, a condição pode atingir ambos os sexos e diversas faixas etárias.

Entre os sinais relatados na literatura estão inchaço e sensibilidade no local, dor persistente, rigidez quando o foco está próximo a articulações e alterações na pele sobre a área afetada. Quando há envolvimento de estruturas do crânio, podem surgir dores de cabeça e, em algumas situações, aumento da sede e da frequência urinária, quadro compatível com diabetes insípido. 

Tratamento do granuloma eosinofílico

A abordagem terapêutica varia conforme o número de lesões, a localização e os sintomas. Além da cirurgia, são opções o uso de injeções de esteroides diretamente na lesão, radioterapia, quimioterapia em casos selecionados ou apenas observação clínica quando há tendência de regressão espontânea.