Mulher é acusada de não aceitar o fim do romance e mandar matar os sogros que eram pastores

A polícia abriu uma investigação e o atual namorado da mulher também é suspeito.

PUBLICIDADE

A Polícia Civil do Tocantins está investigando um duplo homicídio que chocou moradores da zona rural de Pium, a cerca de 200 km de Palmas. As vítimas, Francilene de Sousa Reis e Silva e Dorvalino das Dores da Silva, um casal de pastores evangélicos, foram mortos a tiros no Assentamento Pericatu no dia 17 de junho.

As investigações apontam que a principal suspeita de ser a mandante do crime é a ex-nora das vítimas, de 48 anos. Durante as apurações, a delegada Jeannie Daier de Andrade, responsável pelo inquérito, informou que a suspeita teria declarado, em momentos de raiva, que faria o ex-marido sofrer como ela vinha sofrendo emocionalmente.

Em uma das ameaças, ela teria afirmado que mataria quem ele mais amava, o que ocorreu pouco tempo depois com os pais dele. Os corpos das vítimas foram encontrados dentro da casa em que viviam no assentamento.

Namorado da mulher também é suspeito

A cena do crime apresentava sinais de execução, com disparos à queima-roupa e sem indícios de roubo, reforçando a hipótese de motivação pessoal desde o início das investigações. Com o avanço das apurações, a polícia chegou até o atual namorado da suspeita, um homem de 50 anos.

Ele é apontado como executor dos assassinatos, e acredita-se que tenha agido a mando da companheira, que articulou o crime como forma de vingança contra o ex-marido. A dupla foi presa temporariamente e deve responder por homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas.

Polícia quer saber se há outros envolvidos

As autoridades continuam investigando se houve participação de outras pessoas no planejamento ou execução do crime. O caso causou grande repercussão na região devido à brutalidade e ao envolvimento familiar e religioso.

O casal era bastante conhecido na comunidade, atuando há anos como líderes religiosos, e a tragédia deixou abalada a população do assentamento, que agora clama por justiça. O inquérito segue em andamento, com a Polícia Civil coletando depoimentos e analisando novas provas.