Um trágico acidente de trânsito foi registrado na BR-424, em Garanhuns, no Agreste Pernambucano, no último final de semana. Um casal trafegava pela rodovia, quando o carro em que eles estavam colidiu contra um cavalo solto. O veículo capotou e caiu em uma ribanceira. Jobson Lima, e a esposa, Priscila Bezerra da Costa, ficaram presos às ferragens e não resistiram. O filho deles, uma criança de 5 anos, sobreviveu ao ocorrido, e foi resgatado na segunda-feira, após passar quase dois dias no local do incidente. Uma cadeirinha pode ter auxiliado a salvar a vida do garoto.
Segundo informações reveladas pela Polícia Rodoviária Federal, a criança estava na cadeirinha no momento do acidente. A vítima foi retirada do veículo, após um trabalhador rural avistar o carro tombado na ribanceira. Com escoriações leves no rosto, ele foi conduzido ao Hospital Dom Moura, em Garanhuns, e segue sob observação médica, sem prazo estabelecido para alta.
“O policial, ao chegar ao local, percebeu que a criança tinha cadeirinha, embora ela estivesse fora do veículo, porque o trabalhador rural tirou essa criança”, afirmou a policial Elissa Urquisa em entrevista para TV Asa Branca, afiliada da Globo em Pernambuco.
Desaparecimento registrado
Os familiares estavam procurando o casal e a criança desde o último sábado (27), chegando a acionar as autoridades após perda de contato. Pouco depois do registro, por volta das 21h30, a PRF recebeu um chamado sobre morte de um cavalo na pista. No atendimento da ocorrência, os agentes não identificaram nenhum acidente, haja vista que o local tinha baixa luminosidade no momento.
Na última segunda, o veículo foi localizado entre a vegetação às margens da rodovia. Jobson Lima e Priscila estavam sem vida e tiveram corpos removidos entre às ferragens, enquanto a criança estava fora do carro, na cadeira, desorientada, mas com consciência.
Problema com animais soltos
O estado de Pernambuco tem sido fortemente impactado pelo quadro de animais soltos em rodovias federais, que muitas vezes resulta em acidentes. De acordo com a PRF, entre janeiro e setembro, mais de 4.000 animais já foram recolhidos nas estradas que cortam o estado.
A orientação é para que os condutores tenham atenção redobrada em trechos mais críticos e sinuosos, na tentativa de reduzir o volume de acidentes. Uma dica dada pela PRF é que o motoristas não utilizem pisca-alerta ao se depararem com animais, uma vez que isso pode assustá-los. A prática de acionar o alerta, que é vista como uma precaução, no entanto, pode ter um efeito contrário.