Polícia desvenda mistério sobre morte de casal em banheira de motel

Agente da PM e a companheira foram encontrados sem vida em um motel em SC e caso contou com investigação profunda.

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A Polícia Civil de Santa Catarina encerrou o inquérito de investigação da morte do casal Jeferson Luiz Sagaz e Ana Carolina, ocorrida em agosto deste ano, em São José, cidade situada na Grande Florianópolis. O policial militar e a companheira foram encontrados sem vida em um motel, e desde então, o mistério pairava em torno da verdadeira causa dos óbitos.

Segundo as autoridades, as vítimas morreram em decorrência de uma intoxicação exógena, provocada pela mistura de álcool, droga e pelo calor da banheira em que estavam. A combinação dos três pontos acabou sendo fatal, impactando no processo de intermação, que traz quadro de desidratação, colapso térmico e outras adversidades, que resultam na falência múltipla dos órgãos.

O que disseram as autoridades?

Em entrevista para esclarecer o caso, o delegado Felipe Simão Gomes, responsável pelas investigações dos dois óbitos, detalhou o ocorrido. Exames acompanhados pela Delegacia de Homicídios do Departamento de Investigações Criminais de São José identificaram a presença de substâncias alcoólicas e de drogras na corrente sanguínea das vítimas, e os pontos foram ligados. 

“Esses óbitos aconteceram por conta de condições multifatoriais, tanto por conta do comportamento tóxico, porque foram encontradas concentrações de cocaína e etanol, quanto por conta do fator físico, que foi a imersão na água aquecida, que agiram de forma sinérgica e culminaram nas mortes”, disse o delegado. 

Ainda segundo ele, a temperatura da água da banheira em que o casal estava tinha temperatura próxima da casa dos 50 graus, além do fato do aquecedor do ambiente estar ligado. Sendo assim, o diagnóstico de morte súbita acabou sendo confirmado. 

Investigação profunda 

A apuração do caso perdurou mais um mês e teve participação direta da Polícia Científica para a conclusão das investigações. Segundo a perita-geral Andressa Boer Fronza, 16 laudos foram elaborados para que as mortes fossem desvendadas. Após a execução de todo o protocolo, as possibilidades de morte por choque elétrico, afogamento, intoxicação ou até mesmo uma ação criminosa de terceiros, foram descartadas.