O policial militar Jeferson Luiz Sagaz e sua companheira, a empresária Ana Carolina Silva, foram encontrados mortos em um motel em São José (SC), na Grande Florianópolis, no da 10 de setembro. A investigação concluiu que a causa da morte foi uma combinação de álcool, drogas e exposição a altas temperaturas dentro de uma banheira.
De acordo com o delegado Felipe Simão, responsável pelo caso, a água da banheira chegou a ultrapassar os 50 °C, enquanto o aquecedor do quarto também estava ligado em temperatura elevada. Somados ao consumo de bebidas alcoólicas e cocaína, os fatores resultaram em um quadro de intoxicação exógena, desidratação e falência orgânica.
Laudos ficam prontos e apontam causa da morte
A perícia revelou que mais de 16 laudos foram necessários para esclarecer o caso, incluindo análises dos corpos e do ambiente. Segundo a perita Andressa Boer Fronza, tanto o álcool quanto a cocaína encontrados já seriam suficientes para causar a morte, mas a associação com o calor extremo foi determinante.
“A causa de ambas as mortes foi a mesma. Foi intoxicação exógena, favorecendo o processo de intermação, com desidratação intensa, colapso térmico, dentre outros, culminando com a falência orgânica e a morte”, explicou.
Cronologia antes da tragédia
As horas anteriores ao episódio também foram analisadas pela polícia. O casal havia passado o dia em comemoração ao aniversário da filha de quatro anos em um food park e, posteriormente, foi a uma casa noturna, deixando a criança com familiares. Em seguida, seguiram para o motel, onde permaneceram até serem encontrados sem vida.
A família de Ana Carolina divulgou uma nota pública em que repudiou especulações sobre o caso. Os parentes afirmaram que ela não fazia uso de drogas e pediram investigação rigorosa para preservar sua memória. Já para a polícia, não há indícios de envolvimento de terceiros, e a morte foi oficialmente registrada como acidental.