A mansão do senador e ex-jogador Romário (PL-RJ), localizada na Barra da Tijuca, voltou ao centro das atenções após ser colocada em leilão pela Justiça do Rio de Janeiro. Avaliado em R$ 9 milhões, o imóvel de 896 m² — com piscina e campo de futebol — será ofertado no próximo dia 23 para pagamento de uma dívida judicial que já ultrapassa os R$ 24 milhões.
Apesar de nunca ter transferido a escritura para seu nome, Romário usufrui da propriedade desde 2016, onde já realizou festas e concedeu entrevistas. O imóvel tem um histórico curioso: foi de Peter Dirk Siemsen, pai do ex-presidente do Fluminense, depois passou para Edmundo e sua ex-esposa Adriana Sorrentino Borges, até ser adquirido pelo “Baixinho” no fim de 2015.
Dívida milionária e polêmica judicial
A origem da cobrança vem da boate Café do Gol, sociedade de Romário que encerrou atividades em 2001. A empresa credora alega quebra de contrato e prejuízos materiais, levando o processo à Justiça. Em 2018, a mansão já havia sido penhorada e avaliada em R$ 5,8 milhões. Além disso, a Prefeitura do Rio chegou a embargar reformas feitas por Romário e até autorizou, em determinado momento, a demolição da construção.
Nos bastidores, credores acusam o senador de tentar ocultar bens em nome de familiares. Documentos apontam que contas de IPTU foram pagas pela irmã de Romário, Zoraidi de Souza Faria, embora o senador tivesse procuração para movimentar seus recursos.
Defesa de Romário reage
Procurado pelo GLOBO, Romário declarou que tenta reverter o leilão judicial. A alegação dada é que as cobranças foram absolutamente desproporcionais e exobitantes, fatos que serão contestados na Justiça para tentar reverter a condenação.
