O Distrito Federal apura o segundo caso suspeito de intoxicação por metanol. Um homem de 47 anos deu entrada na UPA de Brazlândia com sintomas típicos da substância, foi intubado e segue em estado grave. Ele deve ser transferido para a UTI do Hospital Regional de Santa Maria. O primeiro caso em análise é o do cantor Hungria, internado em um hospital privado de Brasília desde quinta-feira (2).
A secretária executiva de Assistência à Saúde, Edna Marques, confirmou os dois episódios no DF e destacou que as UPAs são as portas de entrada para atendimento imediato. Segundo ela, não há motivo para pânico, mas qualquer pessoa com sinais suspeitos deve procurar avaliação médica quanto antes.
Fiscalização e atendimento no DF
A Vigilância Sanitária intensificou fiscalizações em bares e distribuidoras de bebidas, em parceria com outros órgãos. A Polícia Civil interditou um comércio em Vicente Pires e apreendeu garrafas do mesmo lote de uma vodca investigada no caso de Hungria. O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, afirmou que a ação busca prevenir novos episódios e reforçou a necessidade de atenção a sintomas como náusea, tontura e alterações visuais.
Hungria, de 34 anos, teria ingerido a bebida em uma reunião com amigos, sendo o único a consumir a garrafa suspeita. Ele permanece internado, em tratamento, e declarou nas redes sociais estar se recuperando com fé e gratidão pelo apoio que vem recebendo.
Situação nacional e medidas do governo
No Brasil, o Ministério da Saúde já contabiliza 59 notificações de intoxicação por metanol: 53 em São Paulo, 5 em Pernambuco e 1 no DF, além de suspeita na Bahia. Seis mortes foram confirmadas em São Paulo. Como resposta, o governo distribuiu mais de 4 mil ampolas de etanol farmacêutico, usado como antídoto, para hospitais de referência. A medida busca ampliar a capacidade de resposta e reduzir riscos diante do avanço de casos ligados a bebidas adulteradas.
