Aluno autista de 9 anos sofre abuso com molho de pimenta em escola; professora é apontada como responsável

O caso ocorreu em Washington, D.C., e motivou investigação policial e afastamento da funcionária envolvida.

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A notícia de um abuso infantil em uma escola em Washington, D.C. (EUA), provocou grande indignação e motivou uma investigação policial. A vítima é um aluno autista de 9 anos, chamado David, que é não-verbal. Ele sofreu maus-tratos nas mãos de uma auxiliar de ensino que, como forma de punição, teria colocado molho de pimenta na boca do garoto.

O caso foi confirmado pela administração da escola J. C. Nalle. De acordo com o relatório, o incidente veio à tona após outra professora testemunhar a auxiliar levar o molho de pimenta no dedo à boca do estudante. O boletim de ocorrência detalha que a agressora supostamente justificou sua ação alegando que a criança havia merecido o castigo.

Alvo vulnerável extremo

A gravidade da situação é amplificada pela condição de David: como aluno autista e não-verbal, ele é altamente vulnerável a abusos, pois é totalmente dependente de outros para relatar dor, desconforto ou violência. O incidente com o molho de pimenta não foi isolado, mas sim o clímax de uma série de problemas que a mãe do garoto, Shanice Griggs, vinha alertando a escola desde o começo do ano letivo. Apenas 48 horas antes desse ataque específico, Shanice havia se reunido com os funcionários da instituição para documentar diversos ferimentos — incluindo arranhões e hematomas visíveis na testa, lábios, braços e ombros — que David apresentava.

Mãe do menino se manifestou

Inicialmente, a escola tentou sugerir que os ferimentos do menino poderiam ter acontecido durante o transporte, mas essa alegação não foi comprovada. Apesar das promessas de monitoramento, os maus-tratos persistiram, o que levou a mãe a um estado de desespero após descobrir o incidente do molho de pimenta. Em entrevista ao Washington Post, Shanice Griggs declarou: “Não estou dizendo que meu filho é perfeito, mas ele não merece isso.”

Em resposta ao ocorrido, a escola afastou a professora auxiliar com licença administrativa e iniciou investigações. O caso foi formalmente encaminhado tanto à polícia local quanto à agência responsável por serviços sociais e familiares. A mãe também formalizou uma queixa no setor que apura má conduta em escolas.