O caso da morte de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, ganhou novos desdobramentos após a Polícia Civil identificar um possível padrão de crimes cometidos por envenenamento. Neil morreu em abril deste ano, após consumir uma feijoada supostamente envenenada, preparada pela própria filha, Michele Paiva da Silva, em parceria com a amiga Ana Paula Veloso.
Ambas estão presas, e a polícia investiga a atuação das duas em outros casos semelhantes. O delegado Halisson Ideiao, que veio de São Paulo para acompanhar a exumação do corpo de Neil, realizada no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, classificou Ana Paula como uma “serial killer”.
Declaração de delegado em caso de feijoada envenenada
Segundo Halisson Ideiao, a mulher é suspeita de ter envenenado pelo menos quatro pessoas, incluindo Neil, a mando de Michele. O exame pericial tem o objetivo de confirmar se a morte foi realmente causada por substâncias tóxicas.
“Por este inquérito, chegamos à conclusão de que Ana Paula não era vítima nesse caso, mas sim uma serial killer”, disse. As investigações apontam que Michele teria financiado a viagem de Ana Paula de Guarulhos (SP) até o Rio de Janeiro para executar o plano criminoso.
O delegado revelou que a comparsa já havia sido investigada em outro caso envolvendo um bolo envenenado, com o qual tentou incriminar uma terceira pessoa. A partir desse inquérito, a polícia descobriu que Ana Paula não era vítima, mas a responsável pelos ataques.
Morte de idoso
Neil morreu no Hospital Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense, poucas horas após comer a refeição. Embora o laudo médico inicial apontasse causas naturais, a polícia agora trabalha com a hipótese de homicídio por envenenamento.
De acordo com a Polícia Civil, há fortes indícios de ligação entre a morte de Neil e outros três casos semelhantes registrados em Guarulhos, reforçando a suspeita de uma série de crimes planejados por Michele e Ana Paula.