Um homem de 37 anos foi morto a tiros enquanto segurava o filho de 1 ano e 8 meses no colo, na noite de quinta-feira (9), no bairro Campeche, em Florianópolis. A vítima foi identificada como Alexandre Araújo Brandão, conhecido como Xuruca.
O ataque ocorreu por volta das 22h e foi registrado por câmeras de segurança. A criança também foi atingida, socorrida por vizinhos e familiares e levada ao Hospital Infantil, onde passou por cirurgia e segue em estado gravíssimo. O autor dos disparos fugiu logo após o crime.
Ligação com o Comando Vermelho e histórico criminal
De acordo com a Polícia Civil, Alexandre era natural de Manaus e apontado como integrante da cúpula do Comando Vermelho no Amazonas. Ele havia sido preso em janeiro de 2024 durante uma operação da Polícia Federal no mesmo bairro, por suspeita de lavagem de dinheiro e envolvimento com o tráfico. Na ocasião, a PF afirmou que o suspeito utilizava uma distribuidora de medicamentos para movimentar recursos ilícitos.
Alexandre também respondia por homicídio, tráfico, posse ilegal de arma e formação de quadrilha, além de registros por violência doméstica em diferentes estados. Em julho de 2025, sobreviveu a um atentado em Manaus no qual o carro em que estava foi atingido por cerca de 50 tiros.
Investigações e perícia no veículo usado na fuga
Testemunhas relataram à polícia que ouviram ao menos dez disparos e viram o agressor vestindo roupas escuras. Após o ataque, ele entrou em um carro que foi localizado horas depois próximo ao Morro da Penitenciária, no bairro Agronômica. O veículo foi apreendido e passará por perícia da Polícia Científica. Equipes da Delegacia de Homicídios, do Instituto Médico Legal e da Polícia Civil trabalham para identificar o autor e esclarecer a motivação.
A investigação também busca imagens complementares de câmeras da região e possíveis rotas de fuga. A criança segue internada, e o quadro clínico é considerado crítico. A Polícia Rodoviária Federal e o Instituto Geral de Perícias colaboram na análise dos materiais recolhidos, enquanto as autoridades não descartam ligação com disputas internas do crime organizado.
