Estudante de Direito é presa por suspeita de envenenar quatro pessoas em SP e RJ; qual era o método dela?

Ana Paula Veloso Fernandes teria planejado os crimes com colega e irmã gêmea.

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A estudante de Direito, Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi detida preventivamente em 4 de setembro, em São Paulo, por ser a principal suspeita de envenenar e matar quatro pessoas. As mortes ocorreram em um período de cinco meses, entre janeiro e maio deste ano, e as vítimas estavam localizadas em Guarulhos, São Paulo e Duque de Caxias (RJ).

A investigação do caso também revelou o suposto envolvimento da irmã gêmea de Ana Paula, Roberta Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, uma colega de faculdade que é filha de uma das vítimas.

Segundo informações apuradas pelo Extra, uma das primeiras vítimas identificadas foi Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos. Ana Paula, que alugava um imóvel na casa dele, chegou a acionar a polícia após a descoberta do corpo, mas confessou posteriormente o assassinato. Em abril, Maria Aparecida Rodrigues, também de Guarulhos, foi encontrada morta após consumir alimentos dados por Ana Paula, que se apresentou à vítima usando uma identidade falsa.

Planejamento e mortes

O crime de assassinato do qual a universitária teria participado junto a Michelle Paiva aconteceu no mesmo mês, em Duque de Caxias, vitimando Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, pai de Michelle. A polícia revelou que o envenenamento foi meticulosamente planejado pelas duas suspeitas, que se referiam ao ato como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) nas mensagens trocadas. Adicionalmente, em maio, Hayder Mhazres, um tunisiano de 21 anos, veio a falecer após sentir-se mal em um condomínio no Brás, em São Paulo.

Como funcionava o método de Ana Paula?

Segundo o portal de notícias Extra, a estudante acusada utilizava alimentos e bebidas para concretizar os envenenamentos. Ela primeiro conquistava a confiança das vítimas, o que facilitava a execução dos atos criminosos.

Mensagens obtidas pela perícia revelaram que a estudante e sua irmã demonstravam uma atitude de frieza e premeditação em relação aos crimes, chegando a descrever os assassinatos de forma casual, como se fossem afazeres comuns.

Embora Ana Paula negue seu envolvimento em alguns dos casos, a polícia suspeita que o número de vítimas possa ser maior, incluindo pessoas que ainda não foram identificadas. As investigações do caso prosseguem sob sigilo.