A Polícia Civil de São Paulo está aprofundando as investigações sobre o assassinato do ex-delegado e Secretário de Administração Ruy Ferraz Fontes, ligando-o a um contrato milionário na Prefeitura de Praia Grande. Fontes foi executado a tiros em 15 de setembro, e as apurações indicam que ele pode ter descoberto fraudes na licitação de R$ 24,8 milhões, destinada à expansão do sistema de Wi-Fi e videomonitoramento do município.
De acordo com informações do UOL, a Polícia Civil considera extremamente alta (9 em 10) a chance de o crime ter sido motivado por essa licitação, realizada apenas 14 dias antes da execução. A investigação do DHPP levou a mandados de busca e apreensão em locais associados a funcionários municipais, incluindo a casa do subsecretário de Gestão e Planejamento, Sandro Rogério Pardini, onde foram apreendidos cerca de R$ 50 mil, US$ 10.030 e 1.135 euros.
Cinco suspeitos estão presos
Pardini se demitiu após a operação, mas seus advogados negam qualquer participação no homicídio. Sete pessoas são tidas como suspeitas diretas no caso, com cinco delas presas, duas foragidas e uma falecida em confronto com a polícia.
Crime organizado
Um elemento chave nas prisões foi a detenção de Felipe Avelino da Silva, vulgo Masquerano, identificado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Investigadores notam uma conexão histórica, visto que Ruy Ferraz Fontes, durante sua carreira como delegado, foi um pioneiro no combate à facção criminosa, inclusive prendendo figuras de liderança do grupo.
Apesar dessa possível motivação ligada ao histórico de Fontes contra o crime organizado, a Polícia Civil de São Paulo mantém como foco principal a teoria de que a execução foi uma retaliação direta e imediata. A hipótese de que o assassinato tenha sido desencadeado pela descoberta de fraudes no contrato milionário de Praia Grande é considerada a principal linha de investigação pelas autoridades. As diligências sobre o caso prosseguem.
