Um grave acidente de ônibus ocorrido na noite de domingo deixou ao menos 42 mortos, incluindo sete crianças, no norte da África do Sul. O veículo, que seguia em direção ao Zimbábue, saiu da pista e despencou em um desfiladeiro nas montanhas próximas à cidade de Louis Trichardt, localizada a cerca de 400 quilômetros da capital Pretória. A tragédia mobilizou autoridades locais e internacionais devido à quantidade de vítimas e à complexidade do resgate.
De acordo com o Ministério dos Transportes sul-africano, o ônibus trafegava pela rodovia N1, principal ligação entre a África do Sul e o Zimbábue, quando o motorista perdeu o controle em um trecho íngreme. O veículo caiu por um barranco por volta das 18h, horário local. O impacto foi tão forte que o ônibus ficou completamente virado de cabeça para baixo, o que dificultou o acesso das equipes de emergência aos sobreviventes.
Criança foi transportada de helicóptero em estado grave
Bombeiros e socorristas trabalharam durante toda a noite para retirar corpos e feridos presos às ferragens. As autoridades informaram que 49 pessoas ficaram feridas, seis delas em estado grave. Entre as vítimas socorridas, uma criança com ferimentos severos precisou ser transportada de helicóptero para um hospital da região. O governo provincial de Limpopo relatou que a operação de resgate se estendeu até a madrugada, com o auxílio de ambulâncias, aeronaves e equipes médicas de emergência.
O Ministério dos Transportes confirmou que o ônibus transportava cidadãos do Zimbábue e do Malawi que retornavam para seus países de origem. O órgão divulgou que as vítimas incluem 18 mulheres e 17 homens, e destacou que as autoridades estão concentradas na identificação dos corpos e no apoio psicológico às famílias das vítimas. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, também se manifestou, lamentando profundamente a tragédia e expressando solidariedade aos governos do Zimbábue e do Malawi pelas vidas perdidas.
Causas do acidente seguem sob investigação
As causas do desastre ainda estão sob investigação. A região onde o acidente ocorreu é conhecida por suas curvas fechadas e declives acentuados, o que torna o trajeto perigoso, especialmente para veículos pesados. Especialistas avaliam a possibilidade de falha mecânica ou excesso de velocidade como fatores que podem ter contribuído para a tragédia. Enquanto isso, o governo sul-africano prometeu reforçar a fiscalização e adotar medidas para evitar que novas tragédias como essa voltem a acontecer nas estradas do país.
