O trágico acidente de ônibus ocorrido no norte da África do Sul no último domingo, 12 de outubro, segue repercutindo no país e nas nações vizinhas. O veículo, que transportava dezenas de passageiros rumo ao Zimbábue, caiu em um desfiladeiro nas montanhas próximas a Louis Trichardt, provocando a morte de pelo menos 42 pessoas, entre elas sete crianças. A tragédia, uma das mais graves registradas na região nos últimos anos, mobilizou equipes de resgate e gerou comoção internacional.
De acordo com informações oficiais, o acidente aconteceu na rodovia N1, uma das principais vias de ligação entre a África do Sul e o Zimbábue. O motorista teria perdido o controle do veículo em um trecho de descida acentuada, fazendo o ônibus despencar de um barranco. O impacto destruiu completamente a estrutura, e muitos passageiros ficaram presos às ferragens. As equipes de emergência trabalharam durante toda a noite para retirar corpos e socorrer os sobreviventes.
Operação de resgate contou com helicóptero
As autoridades informaram que 49 pessoas ficaram feridas, sendo seis em estado crítico. Uma criança gravemente ferida foi levada de helicóptero a um hospital da região. As operações de resgate, que contaram com apoio de ambulâncias, helicópteros e bombeiros locais, se estenderam até a madrugada. O governo provincial de Limpopo destacou que o trabalho de identificação das vítimas ainda está em andamento, e as famílias estão recebendo assistência psicológica e logística para o reconhecimento dos corpos.
O Ministério dos Transportes da África do Sul confirmou que o ônibus levava cidadãos do Zimbábue e do Malawi que retornavam para seus países de origem. O presidente Cyril Ramaphosa lamentou o episódio e expressou solidariedade às famílias e aos governos dos países afetados. Segundo ele, o governo fará todos os esforços para garantir apoio humanitário às vítimas e investigar as causas da tragédia.
Falha mecânica ou erro humano?
As primeiras análises apontam que o trecho da rodovia onde ocorreu o acidente é conhecido pelo alto índice de acidentes, devido às curvas fechadas e descidas íngremes. Investigadores avaliam se houve falha mecânica, fadiga do motorista ou excesso de velocidade. Enquanto isso, as autoridades reforçam a necessidade de revisão das condições de segurança nas estradas que cortam a região.