As investigações sobre o grave acidente de ônibus ocorrido no norte da África do Sul continuam em andamento, enquanto o país tenta compreender as circunstâncias que levaram à morte de 42 pessoas, entre elas sete crianças. O veículo, que seguia em direção ao Zimbábue, saiu da pista e despencou em um desfiladeiro nas montanhas de Louis Trichardt, a cerca de 400 quilômetros de Pretória. A tragédia provocou comoção nacional e mobilizou uma ampla operação de resgate e reconhecimento das vítimas.
O ônibus fazia o trajeto pela rodovia N1, uma das principais ligações entre a África do Sul e o Zimbábue, quando o motorista perdeu o controle em uma curva considerada perigosa. O impacto da queda destruiu completamente o veículo, que ficou virado de cabeça para baixo em meio aos destroços. Equipes do Corpo de Bombeiros, médicos e voluntários trabalharam por mais de 12 horas seguidas para socorrer os feridos e remover os corpos das ferragens.
Uma criança foi resgatada com vida
Segundo as autoridades locais, 49 pessoas ficaram feridas, sendo seis em estado grave. A única criança resgatada com vida foi transportada de helicóptero a um hospital da região e permanece sob cuidados intensivos. O governo da província de Limpopo informou que as operações de resgate se estenderam pela madrugada, com o apoio de helicópteros, ambulâncias e equipes de emergência. As famílias das vítimas foram acolhidas em um centro de atendimento criado especialmente para oferecer suporte e informações.
O Ministério dos Transportes confirmou que o ônibus transportava cidadãos do Zimbábue e do Malawi. O governo de ambos os países enviou representantes à África do Sul para acompanhar as investigações e prestar apoio consular. O presidente Cyril Ramaphosa classificou o acidente como uma das maiores tragédias rodoviárias da última década e afirmou que medidas de segurança serão reforçadas em trechos de risco.
Autoridades investigam circunstâncias da tragédia
Especialistas em transporte alertam que o trecho onde ocorreu o acidente é conhecido por seu alto grau de perigo, com curvas fechadas, declives acentuados e pouca sinalização. As autoridades investigam se o ônibus estava em alta velocidade ou se apresentou falhas mecânicas, dúvidas que também atingem a população em choque com a tragédia.
