Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, foi denunciada pela Justiça de São Paulo por quatro homicídios cometidos com veneno. Os crimes ocorreram entre janeiro e maio de 2025, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A acusada, estudante de direito, mantinha vínculos pessoais com todas as vítimas e usava substâncias tóxicas para matá-las.
As investigações apontaram que Ana Paula planejava os assassinatos com antecedência, escolhendo cuidadosamente os alvos. A Justiça classificou os crimes como obra de uma serial killer, devido à repetição do método, à motivação pessoal e à tentativa de manipular provas para incriminar terceiros.
Crimes planejados envolveram vínculos e vingança
A primeira vítima foi Marcelo Hari Fonseca, morto após consumir uma feijoada envenenada em janeiro. Ana Paula alegou que sofria ameaças e mantinha um relacionamento com ele para permanecer na residência. Em abril, Maria Aparecida Rodrigues foi envenenada em Guarulhos. A acusada teria cometido o crime para incriminar um ex-amante.
No mesmo mês, Neil Corrêa da Silva foi morto em Duque de Caxias com chumbinho. Segundo o Ministério Público, Ana Paula viajou ao Rio de Janeiro a mando da filha da vítima, que financiou a ação. Em maio, Hayder Mhazres foi envenenado após rejeitar uma suposta gravidez simulada pela estudante. Eles se conheceram por meio de um aplicativo de namoro.
Vítimas escolhidas a dedo reforçam perfil de serial killer
Durante as buscas na residência da acusada, os investigadores encontraram terbufós, um agrotóxico menos potente que o chumbinho. A Justiça aceitou a denúncia por homicídio triplamente qualificado nos casos de Marcelo, Maria Aparecida e Hayder, e por homicídio qualificado com aumento de pena no caso de Neil. O juiz responsável pelo caso afirmou que Ana Paula manipulava informações para se desvincular das mortes e atribuir a culpa a outras pessoas. A sequência de crimes, o uso de veneno e o envolvimento pessoal com as vítimas reforçam o perfil de uma serial killer brasileira.
