Médica espancada por fisiculturista decide morar com o pai e expõe sequelas no corpo: ‘Não voltou ao normal’

Samira Mendes Khouri foi brutalmente espancada pelo fisiculturista Pedro Camilo Garcia e agora retorna para Santos.

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A médica Samira Mendes Khouri, de 27 anos, vítima de espancamento brutal pelo ex-namorado fisiculturista Pedro Camilo Garcia, tenta reconstruir a vida após mais de dois meses de recuperação no interior de São Paulo. De volta a Santos, cidade onde morava e onde conheceu o agressor, ela relatou que o retorno foi difícil por reviver lembranças dolorosas, mas afirmou estar determinada a seguir em frente e retomar a rotina interrompida pela violência.

Samira voltou a morar com o pai e destacou que quer retomar o trabalho e as atividades que faziam parte da sua vida antes do crime. As agressões ocorreram na madrugada de 14 de julho, em um apartamento em Moema, na capital paulista. Pedro, movido por ciúmes, teria começado a espancar a médica após uma discussão iniciada em uma balada LGBTQIA+, onde, segundo o relato, se descontrolou ao ver Samira conversando com um homem homossexual.

Samira ainda convive com as sequelas do ataque

Já dentro do imóvel, Pedro iniciou os ataques com socos violentos, deixando a vítima desacordada por parte do tempo. Temendo ser morta, Samira fingiu estar desmaiada para tentar sobreviver. Ela foi socorrida por policiais militares e ficou mais de dez dias internada, enquanto o agressor fugia para Santos, onde acabou preso.

Mesmo após receber alta, as sequelas físicas e emocionais permanecem: “Meu rosto ainda não voltou ao normal, meu sorriso ainda não voltou ao normal, nem a minha visão”. A jovem contou que ainda não foi liberada para retornar ao trabalho, pois precisa de acompanhamento contínuo com fisioterapia, psicólogo, psiquiatra e oftalmologista. O trauma psicológico também é marcante, com crises de ansiedade e medo persistente ao lembrar da violência sofrida.

Médica decide mudar rumo da carreira

Além das consequências físicas, o episódio impactou diretamente a trajetória profissional da médica. Samira fazia pós-graduação em Nutrologia, mas trancou o curso faltando apenas três meses para concluí-lo, por associar a especialização ao ex-namorado, que era fisiculturista. Apesar de não abrir mão da medicina, ela afirmou que pretende seguir outro caminho dentro da profissão e iniciar uma residência em uma área diferente, tentando se afastar de qualquer lembrança que a conecte ao agressor.