Lauriza Pereira de Brito, de 24 anos, foi presa na última quarta-feira (15) após mais de um mês da morte de seu filho, Arthur Pereira Alves, que foi vítima de agressões da própria mãe, e não resistiu no último dia 23 de agosto. Apontada como principal suspeita de ter provocado o óbito da criança, ela impactou na confissão.
Em relato concedido à Polícia Civil de Belo Horizonte, a mulher disse que estava sob efeito de cocaína quando agrediu a criança. “Passei do ponto“, teria dito a suspeita. Além de Lauriza, o companheiro dela, Deivisson Moreira, de 38 anos, também foi detido, sob suspeita de envolvimento na ação criminosa. Ele, no entanto, nega participação.
Linha do tempo do caso
Lauriza teria supostamente agredido Arthur no dia 22 de agosto. No dia seguinte, ela levou o menino ao Hospital Júlia Kubitschek. Na unidade de saúde, ela inventou uma história de que o filho havia sofrido um acidente na escola. Os médicos, entretanto, passaram a suspeitar do caso, já que as lesões vistas no garoto não condiziam com a versão apresentada.
O menino apresentava múltiplas fraturas e hematomas em diversas regiões do corpo. Devido ao agravamento do caso, com hemorragia interna, ele não resistiu. A vice-diretora da escola refutou a versão apresentada, e vizinhos relataram terem ouvido pedido de socorro na noite do dia 22. Um laudo da Polícia Científica irá apontar a verdadeira causa da morte da vítima.
A mulher foi transferida para a Penitenciária de Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, enquanto o padrastro da vítima foi levado ao Ceresp Gameleira, na capital. A Polícia Civil segue investigando o caso, com o colhimento de oitivas e agora aguarda o resultado dos exames.
Duas crianças são recolhidas pelo Conselho Tutelar
Em meio ao curso das investigações, o Conselho Tutelar agiu com apoio do Ministério Público, e tomou a guarda de outras duas crianças que moravam com Lauriza e Deivisson na residência. De acordo com testemunhas, as crianças eram deixadas sozinhas em casa. Os responsáveis pediam donativos, mas costumeiramente eram vistos gastando dinheiro para o uso de drogas.
