Polícia expõe face de mãe acusada de matar menino Arthur, de 9 anos: ‘Ficou claro’

Mulher foi detida nesta semana temporariamente enquanto investigações estão em curso.

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O caso de morte do menino Arthur Pereira Alves segue sob investigação, e nesta semana contou com novos desdobramentos. Tendo a mãe do menino de 9 anos como principal suspeita de ter provocado o óbito por meio de agressões, a Polícia Civil de Belo Horizonte executou a prisão temporária dela, e do seu companheiro, Deivisson Morreira. Lauriza Pereira de Brito, confessou ter agredido o garoto um dia antes da morte ser evidenciada, com a alegação de estar sob efeito de drogas, dizendo ter ‘passado do ponto’.

A morte do menino ocorreu no dia 23 de agosto, e quase dois meses depois do início das investigações, as autoridades da capital mineira efetuaram a detenção da dupla. O padrastro do menino nega envolvimento no caso. A mãe, por sua vez, mudou a versão de acidente, apresentada inicialmente, e disse ter batido no menino com tapas e chineladas, e disse que o companheiro estava na residência no dia do suposto surto.

Delegado traz revelações

De acordo com o delegado Evandro Nascimento Radaelli, encarregado pela apuração do caso na Delegacia Especializada de Homicídios do Barreiro, Arthur era submetido a maus-tratos e abandono, sendo colocado para cuidar dos dois irmãos mais novos, uma criança de 6 anos, e um bebê de apenas seis meses. 

“Ficou claro que eles obrigavam as crianças a mentir sobre as lesões, inventando histórias para justificar os machucados. Além disso, havia negligência: o menino de 9 anos cuidava sozinho dos irmãos, de 6 anos e de 6 meses, enquanto os adultos faziam uso de drogas”, disse Radaelli. 

Mudou versão

Quando chegou com o menino no Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte, Lauriza apontou a versão inicial de que Arthur teria caído da escada na escola onde estudava, situação que foi rechaçada posteriormente pela vice-diretora da unidade de ensino. O fato de o garoto de 9 anos apresentar múltiplas fraturas e hematomas pelo corpo acendeu a desconfiança dos médicos, com o casal passando a se tornar suspeito. 

As investigações do caso seguem em curso. Testemunhas estão depondo, e a Polícia Civil aguarda o resultado da necropsia para apurar a causa da morte da criança. Lauriza e Deivisson foram encaminhados para unidades prisionais distintas na capital mineira.