A nova perícia realizada no apartamento onde a modelo e influenciadora Lidiane Lorenço e sua filha, Miana Sophya, foram encontradas mortas na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, terminou sem conclusões definitivas.
O exame, feito nesta sexta-feira (17) por equipes da 16ª DP, do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e técnicos da Naturgy, reforçou dúvidas sobre as causas das mortes. Segundo o advogado da família, Rodrigo Moulin, a principal constatação até o momento envolve irregularidades na estrutura de gás do imóvel, enquanto outras hipóteses seguem sob análise.
Irregularidades e dúvidas sobre as causas
Após cerca de três horas de vistoria, o advogado afirmou que o resultado trouxe “mais perguntas do que respostas”. Segundo ele, a instalação do aquecedor apresentava falhas graves, com a saída de gás feita dentro do próprio apartamento, o que pode ter contribuído para a tragédia. Apesar disso, a Polícia Civil ainda não descarta outras possibilidades, incluindo causas alimentares ou médicas. A investigação continua em aberto e aguarda o resultado de novos exames técnicos.
Mãe e filha tinham histórico de saúde delicado. Lidiane sofria de trombofilia, condição que aumenta o risco de coagulação, e Miana tinha hemofilia, que provoca sangramentos mais intensos. A diferença no estado de decomposição dos corpos levantou dúvida sobre quem teria morrido primeiro, mas a perícia ressaltou que fatores como temperatura do ambiente e uso de medicamentos podem alterar essa avaliação.
Próximos passos da investigação
Os investigadores aguardam agora os laudos toxicológicos e complementares, além da quebra de sigilo dos celulares de mãe e filha, para entender as últimas interações e possíveis circunstâncias anteriores às mortes. Também será emitida a certidão de óbito oficial com base nas conclusões periciais. O inquérito segue sob responsabilidade da 16ª DP, com apoio do ICCE e da Naturgy na análise da rede de gás. Enquanto isso, a família aguarda respostas definitivas sobre o que realmente aconteceu no apartamento.
