Polícia encontra 12 crânios em apartamento de São Paulo; eles teriam sido subtraídos de cemitério

Além dos crânios, outros ossos humanos foram achados no local e passarão por perícia.

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Uma descoberta macabra surpreendeu os moradores do Jardim Paulista, zona oeste de São Paulo, na manhã deste sábado (18). A Polícia Militar encontrou ao menos 12 crânios e outros ossos humanos dentro de um apartamento localizado na rua Guarará. O imóvel pertencia a um homem de 79 anos que morreu na última segunda-feira (13). A presença das ossadas foi revelada quando familiares foram ao local para retirar os pertences dele e se depararam com o material guardado em caixas e junto a lápides.

Os parentes acionaram a Polícia Militar, que rapidamente isolou o apartamento e iniciou os procedimentos de verificação. Segundo informações repassadas pela corporação, parte dos restos mortais estava exposta, enquanto uma das caixas permanecia lacrada, sendo preservada para não comprometer os trabalhos periciais. A quantidade e o estado de conservação das ossadas chamaram a atenção dos investigadores, que agora tentam entender a origem do material e o motivo de ter sido mantido dentro do imóvel por tanto tempo.

Polícia investiga origem de crânios e ossadas

A principal suspeita levantada pelas autoridades é de que os restos mortais tenham sido subtraídos de cemitérios da capital paulista. As hipóteses apontam para uma possível prática ilegal de coleta e guarda de ossos humanos, o que configura crime de vilipêndio a cadáver, previsto no Código Penal brasileiro. A Polícia Civil tenta descobrir há quanto tempo o material estava armazenado e se o idoso agia sozinho ou contava com a ajuda de outras pessoas.

O caso foi encaminhado para o 78º Distrito Policial, localizado no bairro dos Jardins, que ficará responsável por conduzir as investigações. Equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) foram acionadas para realizar a coleta, análise e catalogação dos ossos encontrados. O objetivo é verificar a identidade e a procedência dos restos mortais, além de confirmar se pertencem a vítimas diferentes.

Apartamento passará por perícia

O apartamento segue preservado para novas perícias e busca de vestígios que possam indicar a origem dos crânios e das lápides. As autoridades ainda não informaram se foram encontrados documentos, registros de cemitérios ou qualquer outro tipo de material que possa explicar a presença das ossadas no local. O caso segue em investigação e deve ter novos desdobramentos nos próximos dias.