Atitude de menino antes de ser assassinado pela própria mãe é revelada pela polícia: ‘Temos o relato’

Garoto de 9 anos chegou a ser hospitalizado, mas veio à óbito por conta da gravidade das lesões.

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O caso comovente de morte do menino Arthur Pereira Alves, de 9 anos, gerou forte comoção nacional nas últimas semanas. O óbito do garoto foi registrado no dia 23 de agosto, e nesta semana, a mãe e o padrasto dele foram detidos, em meio às investigações. A mulher, identificada como Lauriza Pereira de Brito, confirmou agressões contra o garoto no dia anterior. Segundo informações da Polícia Civil de Belo Horizonte, a vítima teria pedido socorro no momento em que era agredido. 

Em coletiva realizada após a prisão temporária da mãe e o padrasto, Deivison Moreira, ocorrida na última quarta-feira (15), a Polícia Civil concedeu coletiva trazendo detalhes das investigações, e disse ter apurado através de depoimentos, que Arthur era vítima frequente de agressão, e clamou por socorro no dia 22 de agosto, quando apanhou com tapas e chineladas. 

“Temos o relato de que vizinhos escutaram a criança gritando por socorro, pois sentia dores. A mãe contou que pegou o filho no colo, que ele desmaiou e não acordou mais. Então, ela pediu ajuda de vizinhos para encaminhá-lo ao Júlia Kubitschek”, revelou o delegado. 

Menino foi hospitalizado

No dia seguinte após as agressões contra o próprio filho, Lauriza o levou ao Hospital Júlia Kubitschek, declarando que a criança teria sofrido um acidente na escola. Os médicos, no entanto, desconfiaram da versão, haja vista que o menino apresentava diversas fraturas e hematomas pelo corpo. 

Diante do quadro delicado, a vítima acabou não resistindo. Desde então, o caso passou a ser apurado. Apontada como suspeita, a mãe dele admitiu ter agredido o filho. Ela alegou estar sob efeito do uso de cocaína, e disse ter passado do ponto. 

Crianças recolhidas 

Além de Arthur, outras duas crianças moravam na mesma residência. Logo quando o caso começou a ser investigado, o Conselho Tutelar conseguiu uma liberação para recolher um menino de seis anos e outro de seis meses, filhos de Lauriza. Relatos de testemunhas dão conta que as crianças ficavam sozinhas em casa, enquanto a mulher e o companheiro saíam para sustentar o vício.

Ainda segundo testemunhas, Lauriza e Deivison pediam donativos aos vizinhos para alimentar as crianças, mas utilizavam o dinheiro no consumo de drogas.