Em Três Graças, a personagem Lígia (Dira Paes) enfrenta o avanço da hipertensão arterial pulmonar, condição rara e grave que altera sua rotina. A matriarca se vê envolvida em um escândalo de saúde pública quando descobre que a comunidade está recebendo medicamentos adulterados. A trama mistura emoção e denúncia social ao abordar o impacto de fármacos falsificados no tratamento de doenças sérias e na confiança nos serviços médicos.
Afastada do trabalho por recomendação médica, Lígia vê a filha Gerluce (Sophie Charlotte) assumir seu posto como cuidadora de Josefa (Arlete Salles). No entanto, a jovem acaba descobrindo que a Fundação Ferette — ligada a Arminda (Grazi Massafera) e Santiago Ferette (Murilo Benício) — estaria distribuindo comprimidos sem efeito terapêutico, compostos basicamente por farinha. A farmacêutica Viviane (Gabriela Loran) também se surpreende ao perceber o alcance da fraude, que ameaça a saúde de vários moradores.
Entenda a doença
A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é caracterizada pelo aumento da pressão nos vasos que levam sangue aos pulmões. É mais comum em mulheres entre 20 e 40 anos e pode surgir por fatores genéticos, doenças cardíacas, infecções ou uso de medicamentos específicos. Por ter sintomas parecidos com os de outras doenças respiratórias, o diagnóstico costuma ser difícil e requer exames como ecocardiograma, tomografia e raio-X de tórax.
Os sintomas geralmente aparecem em estágios mais avançados, incluindo falta de ar, cansaço extremo e desmaios. Em casos graves, há risco de insuficiência cardíaca e necessidade de transplante pulmonar. A avaliação médica contínua é essencial para controlar o avanço da doença e ajustar o tratamento conforme a resposta do organismo.
Tratamento e mensagem da novela
O tratamento combina medicamentos específicos, alimentação com pouco sal, exercícios leves e acompanhamento médico regular. Evitar o tabaco e respeitar os limites físicos são atitudes fundamentais. Em Três Graças, o caso de Lígia reforça a importância do acesso a medicamentos de qualidade e de políticas públicas eficazes na distribuição de fármacos. A novela transforma o drama pessoal da personagem em alerta coletivo sobre os perigos da negligência e da corrupção na saúde.