A afirmação controversa de Julia Wandelt, uma jovem polonesa, de ser Madeleine McCann, desaparecida em 2007, ganhou um elemento novo e polêmico com o uso do ChatGPT no caso. Durante um julgamento em que Julia foi acusada de perseguir e assediar Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, foram revelados detalhes sobre como a jovem utilizou a inteligência artificial para supostamente sustentar sua teoria de parentesco.
Segundo reportagens do Daily Mirror, Julia Wandelt alegou ter submetido seu DNA, juntamente com uma amostra coletada na Praia da Luz, Portugal (local do desaparecimento), à análise do ChatGPT. A jovem afirmou que, ao realizar essa comparação, a IA indicou uma ‘possibilidade’ de ela ser a criança desaparecida, sugerindo uma possível conexão genética com a família McCann.
Interações com IA
O processo judicial contra Julia Wandelt trouxe à luz o nível de detalhe de suas interações com o ChatGPT. A jovem perguntou diretamente à inteligência artificial sobre a compatibilidade entre o seu DNA e a amostra obtida na Praia da Luz, em Portugal, onde Madeleine desapareceu.
A IA teria respondido que as amostras eram ‘consistentes’ com uma relação de parentesco entre pai e filho, sugerindo uma possível ligação com Gerry McCann, pai de Madeleine. No entanto, o sistema foi cauteloso, enfatizando que, apesar da indicação de compatibilidade, a comprovação definitiva de qualquer vínculo genético dependeria da realização de um teste de DNA real e formal.
Possível vínculo genético
Em uma das conversas apresentadas, Julia questionou o chatbot: “Isso significa que eu posso ser Madeleine McCann?”. A resposta do sistema indicava que, caso um teste formal comprovasse que Gerry McCann era o seu pai biológico, a possibilidade de ela ser Madeleine se tornaria real. Contudo, o ChatGPT reiterou a necessidade de evidências adicionais e testes genéticos formais para estabelecer a relação de forma conclusiva.
