A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta sexta-feira (24/10), Iris Maria Soares da Silva, de 36 anos, apontada como principal suspeita de tirar a vida do marido, Rogério Maurício Moreira da Gama. Segundo a investigação, o caso ocorreu em 15 de fevereiro deste ano, na Zona Norte da capital. A apuração indica que a suspeita teria usado uma vitamina de banana para conduzir o envenenamento, o que levou ao falecimento da vítima no dia seguinte, por intoxicação.
De acordo com a PCERJ, a bebida consumida por Rogério teria recebido a adição de uma substância tóxica letal, classificada como raticida de venda proibida no Brasil. Após ingerir a vitamina, ele passou mal e foi atendido, mas não resistiu às complicações decorrentes da intoxicação. A linha do tempo reunida pelos investigadores, os relatos coletados e os exames periciais sustentam a hipótese de envenenamento deliberado como causa do falecimento.
Motivação e vínculo profissional na Comlurb
As autoridades apuram que desentendimentos recorrentes no relacionamento podem ter motivado o crime, com indícios de planejamento prévio. Iris e Rogério trabalhavam na Companhia de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb), em Irajá, na Zona Norte. A polícia avalia que a convivência no ambiente profissional, somada aos conflitos pessoais, integra o contexto analisado para a definição da motivação e da dinâmica do caso.
A prisão ocorreu por mandado de prisão preventiva, após a Polícia Civil reunir elementos que apontam participação direta da suspeita no homicídio. Os investigadores buscam detalhar a sequência de eventos que cercam a preparação da bebida e o período posterior à ingestão. A PCERJ também informa que trabalha para formalizar a acusação de homicídio qualificado, enquanto a detida permanece à disposição da Justiça para os procedimentos legais.
Origem da substância e linhas de investigação
Os próximos passos devem se concentrar na identificação da origem e da forma de aquisição da substância tóxica letal, bem como na consolidação de provas técnicas e testemunhais. A equipe pretende cruzar laudos toxicológicos, análises laboratoriais, eventuais imagens de câmeras e depoimentos para reconstituir a cronologia do dia do fato e verificar a participação de terceiros. Concluída a etapa de inquérito, o material deverá embasar o Ministério Público na avaliação de eventual denúncia, enquanto a defesa terá acesso aos autos para apresentar sua versão. A investigação segue em curso sob coordenação da PCERJ.
