A morte do recém-nascido José Pedro, que havia sido declarado morto e voltou a apresentar sinais vitais durante o velório, encerrou um dos episódios mais marcantes da saúde pública do Acre. O bebê, prematuro de 24 semanas, morreu às 23h15 de domingo (26), vítima de choque séptico e sepse neonatal, conforme nota divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
A situação inusitada começou durante o velório, quando a tia do bebê desconfiou do aspecto do corpo e pediu que o caixão fosse aberto. Foi nesse momento que ela ouviu um som semelhante a um choro, o que provocou desespero e surpresa entre os presentes. A funerária acionou o socorro, e a equipe médica confirmou que a criança ainda apresentava batimentos cardíacos.
Recém-nascido estava na UTI
O recém-nascido foi levado com urgência para o Hospital da Criança, onde foi internado na UTI Neonatal e passou a receber ventilação mecânica. Profissionais relataram que o quadro era grave, mas havia sinais de melhora respiratória. As autoridades de saúde chegaram a confirmar que uma transferência para São Paulo estava sendo providenciada, dependendo apenas de condições clínicas favoráveis.
Durante o domingo, a equipe médica manteve os cuidados intensivos, mas o estado do bebê se agravou no fim da noite. De acordo com a Sesacre, “apesar dos esforços da equipe multiprofissional, o paciente não resistiu às complicações da prematuridade extrema e do quadro infeccioso”.
Comoção nas redes sociais
A história de José Pedro gerou forte comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre protocolos hospitalares em casos de óbito neonatal. Familiares ainda buscam compreender como o erro inicial ocorreu e aguardam a conclusão da apuração aberta pela Secretaria de Saúde para esclarecer o episódio.
