A morte do pequeno Paulo Guilherme Guerra, de apenas 6 anos, tem gerado forte comoção nacional. A vítima, que estava desaparecida desde a noite do último domingo (26), foi encontrada sem vida, horas depois, dentro de uma mala, em frente ao cemitério localizado no bairro de Marabaia, em Belém. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e já possui uma linha de apuração.
Responsável pela perícia do local, Benedito Leão revelou em entrevista à imprensa, que o menino não apresentava nenhum tipo de marcas de violência explícita, e pode ter morrido em decorrência de asfixia. Paulo desapareceu após ir buscar brinquedos, que estavam sendo distribuídos para as crianças. Um amigo que estava com ele antes do sumiço revelou que o garoto disse que retornaria para casa.
“Ele estava com cogumelos vindos das narinas, isso é característica de morte por asfixia. São vários tipos de morte por asfixia: estrangulamento, esganadura, sufocamento, que não deixa marcas. Isso a gente deixa para o exame cadavérico, que vai analisar o pulmão”, afirmou o perito.
Roupa diferente
Ainda segundo informações reveladas por Benedito Leão, familiares informaram que Paulo Guilherme foi localizado com uma roupa diferente em relação a que ele saiu de casa, e que estas vestimentas que estavam em seu corpo após constatação do óbito, não eram dele.
A polícia ainda encontrou dentro da mala uma luva de boxe. O item foi recolhido e passará por perícia. Também foram recolhidas amostras da mala para análise genética, onde as autoridades podem chegar aos responsáveis pelo crime.
Suspeito assassinado
Na noite da última segunda (27), a Polícia Civil atendeu um chamado e registrou a morte de George Amilton dos Santos Gonçalves. O homem é classificado como o principal suspeito de envolvimento na morte de Paulo Guilherme, e morava na mesma rua da família do garoto. Segundo informações preliminares, ele foi espancado até a morte por populares, que invadiram a sua residência. A polícia ainda não confirma o suposto envolvimento dele com o óbito da criança.