Responsável por conduzir as investigações do caso de morte do menino Paulo Guilherme Guerra, de 6 anos, o delegado Egídio Queiroz concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (28), para trazer novas atualizações sobre o caso comovente e que gerou revolta na população de Belém, no Pará. Segundo ele, as autoridades estão apurando a possível relação do crime com a morte do suspeito, identificado como George Hamilton dos Santos, que foi linchado por populares horas depois do corpo do menino ser encontrado no interior de uma mala.
Segundo Egídio, as pessoas que estiveram presentes na ação de espancamento, serão responsabilizadas se identificadas. Os dois casos serão investigados paralelamente. George morava na mesma rua dos familiares de Paulo Guilherme, e foi classificado como principal suspeito pelo crime contra o garoto. Oficialmente, a Polícia Civil ainda não revelou se, de fato, houve envolvimento do homem no caso.
“As pessoas que participaram do linchamento e que, porventura, foram responsáveis pela morte da pessoa, se forem descobertas, elas serão responsabilizadas e denunciadas pelo Ministério Público. Esse inquérito está sendo investigado pela Divisão de Homicídios também, porque é um crime ligado ao crime do menor”, declarou Egídio Queiroz.
Desaparecimento da criança
Paulo Guilherme desapareceu na noite do último domingo (26). Ele teria saído na rua com um amigo para ganhar um brinquedo que estava sendo distribuído em ação solidária. Segundo informações dadas pelo amigo, ele disse que retornaria para casa depois de ter recebido o presente. A vítima, no entanto, sumiu. Mãe e avó só deram falta do menino horas mais tarde, uma vez que ele costumava alterar a dormida entre a sua residência e a casa da avó.
Exames periciais
Segundo informações preliminares do perito Benedito Leão, a criança não apresentava sinais evidentes de violência pelo corpo. A principal suspeita é que a vítima tenha sido morta por asfixia, mas somente o exame de necrópsia irá apontar a real causa do óbito.
Amostras da mala e uma luva de boxe, encontrada junto ao corpo, foram recolhidas para exame de genética, que podem ajudar as autoridades no desfecho do caso. Imagens de câmeras de segurança do entorno do cemitério também estão sendo recolhidas.
